quinta-feira, 26 de junho de 2008

RADIO HEAD!!!






incrivelmente perto! incrivelmente lindo!

quarta-feira, 25 de junho de 2008

o verão...


E então o verão chegou !
Aqui deste lado cá…
E eu já tenho quase certeza
Que Deus existe,
E toca sax nas ruas de Paris !

o céu

Acho que quando eu morrer,
Se existir mesmo um céu,
E eu lá conseguir chegar,
Penso que os anjos vão estar
Cantando algo assim…
Como o que eu escuto agora,
Nos Jardins de Luxemburgo,
Em plena Paris !
Um coral,
Cantando a minha chegada !
E tudo será branco,
E a luz será imensa,
E os jardins serão eternos,
E o amor será verdade !
E eu não serei mais uma,
Serei tudo e todos,
E então poderei enfim descansar
Na eterna brisa,
Da primavera que virá !

E não seria eu ainda,
Aquela pequena menina,
Com seu vestido de céu azul
E pequenas estrelinhas coloridas,
E seu chapéu cor de rosa,
De olhar profundo,
Que procura pelo colo de seu pai,
Como queria eu agora poder deitar-me
No colo do meu pai…
Como queria eu agora poder morrer,
Para me encontrar com os anjos
Que cantam nos portões do céu azul…
Como queria eu agora poder não ser,
Para poder voar e esquecer-me de mim…

E quando ela, menina, me olha,
Com seu olhar pra dentro,
Me encontro nela,
Como um espelho envelhecido
de mim mesma,
A menina, pequena mulher,
Sente calada a dor de existir só.

E me vejo,
Assim,
Ainda menina,
Ainda mulher,
A procura de um colo,
De um olhar que olha além,
E percebe os anjos…
E pode então encontrar os caminhos
Que leva mao céu…
E pode então entender a luz
E confiar na vida !

sábado, 14 de junho de 2008

Cem anos de solidao

"As coisas tem vida própria,
tudo é uma questao de despertar a sua alma."

primavera barcelonesca!

comprei um caderno azul
para desenrolar nele
serpentinas de solidao
de cem anos de azul azul
pelas ruas a colorir
o meu pensar
de moça moça
a dançar e dançar
no salao
a chorar e girar
tantas horas
a desenrolar
serpentinas tantas
e muitas mais
que se perdem
nos anos eternos
da solidao que
nao finda
a alma
que só se acaba
na ponta sútil
de um lápis
assim assim
azul anil!

sexta-feira, 13 de junho de 2008

primavera...

e se és exatamente a mesma coisa o instante e a eternidade,
entao seria o mesmo a distância e a proximidade,
e se os opostos sao pares que nao se largam,
somos agora amor e morte,
mas serao estes opostos?

tambem eu nada sei,
e por ser assim ás vezes tao virginiana,
gostaria de dar os passos certos em todas as direçoes,
gostaria de cumprir com todas as minhas promessas...
mas desde ja experimento a vida e seus muitos caminhos
e me coloco entao no meu hulmide tamanho de serva do acontecimento,
entao, que ele venha e me carregue,
que eu seja essa e muitas e tantas
e por vezes nada
para poder descansar no silencio do nao ser,
na inquietude do nao saber,
nao saber o que sera...

mas sei que carrego comigo impressoes acumuladas
neste corpo que me leva a passear
por tantos e tantos lugares,
que me leva a ver o mundo
que é tao extremamente grande e encantador,
repleto de novas formas de falar palavras,
repleto de novas fotos de enquadrar a realidade,
que nao existe e se existe se dissolve
no sorriso do gato listrado que me indica o caminho do desconhecido...

sou agora uma estrangeira em terras que nao me pertencem,
saudade entao é grande companheira de mtas horas em silencio...
mas fotgrafei na minha memoria muito bem tudo aquilo que fala a vida e sei muito me demorar
na visito dessas fotos,

aqui tudo caminha em bicicletas floridas de um novo amanha
carregado de memorias que nao me largam
e me fazem eterna de tras pra frente
na certeza do caminho...

uma flor,

e seu constante despetalar.

a serpentina

assim,
a serpentina cor de rosa
que desenrola sem cessar
nessa constancia do movimento
que nunca para
para nunca
sempre acaba
uma hora
todo o nosso carnaval...

mas viva a serpentina
que é cor de rosa
rosa a rosa da roseira
que é agora espanholita
a serpentina
que desenrola
e me enrola
nesse eterno
vai e vem
e vem e vai
e sim
eu vou...

nao recuso um carnaval!

quarta-feira, 11 de junho de 2008

momentos

"a eternidade e um instante sao a mesma coisa"

terça-feira, 10 de junho de 2008

paris

a primavera em paris é repleta de cores e pequenas fadas que tomam sorvetes amarelos no fim de tarde...
por aqui, tudo sorri, e as flores desabrocham um novo pensar...
eu ca, ainda despetalo as ultimas pétalas secas do meu outono paulista...
ainda bem que vieram comigo as sapatilhas,
que ajudam tremendamente meus pés nessa dura fase de adaptaçao...
além de toda a poesia e os titis...
meu chapéu vermelho de abas longas para me proteger do sol e minha bolsinha igualmente cor de sangue, onde guardo todos os meus segredos!
meu corpo aqui ja dança...
espero agora fazer dançar também meu coraçao e meus pensamentos, *
entao assim serei feliz!

quarta-feira, 4 de junho de 2008

as malas

mais uma vez,
as malas,
para partir,
para inventar,
uma nova história,
para dizer adeus,
para dizer até mais,
ando carregando minhas malas,
meu peso doído,
de tanto adeus,
de tanta despedida,
mais uma vez as malas,
me pesam,
me fazem chorar,
pensar,
como é duro,
o amor...
quando se desfaz.

vida

a morte traz a tona o presente!
vivemos hoje,
por que não nos resta no tempo,
futuro que nos salve!

terça-feira, 3 de junho de 2008

as horas

de repente
a noite
e uma dor
no peito
que chora
as horas
esquecidas
entre
eu
e
você
que fora
tanto
amor
meu
e agora
vai
assim
por que
assim
foi
fomos
tudo
o que seremos
eu e você
amor meu
está pra sempre
cravado
neste peito
que agora dói
em silêncio
as nossas
velhas
horas
perdidas...

domingo, 1 de junho de 2008

o tempo

se a chuva assim se faz senhora,
das nossas horas,
parto agora,
vou-me embora...

será que resta no tempo,
um tempo nosso?

será que resta no espaço,
um canto nosso?

será inverno
esse afastamento?

as flores...
se esconderão...
o jardim,
da casa que avista lá fora,
dorme agora e despetala sua flor...

será o tempo senhor das horas?
será a chuva choro incontido?

olhos emaranhados,
um longo adeus,
há ainda tempo,
sempre ele,
ditando o nosso tempo...
das horas que nos roubam,
meninos que somos todos,
a caminhar em caminhos sem volta,
sempre a frente...
real...
caminho...
pra sempre!

um café,
um cigarro,
uma última dança,
pra bailarina se fazer senhora,
do espaço em que roda,
ronda e sonha,
e ficar presa pra sempre em vossa memória!

orixá

pergunte ao seu orixá:

amor só é bom se doer!